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Empresa brasileira vence licitação da Petrobras para usina solar fotovoltaica

LCD Engenharia lidera projeto em refinaria de Pernambuco

A empresa brasileira LCD Engenharia, Construções, Montagens e Manutenções Industriais foi a vencedora da licitação promovida pela Petrobras para a construção de uma usina solar fotovoltaica na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), localizada no estado de Pernambuco. A proposta apresentada pela LCD foi de R$ 59,7 milhões, superando concorrentes como a GIYA Soluções em Energia (R$ 63,2 milhões) e a Brasfer Construções Metálicas (R$ 63,4 milhões), entre outras empresas que apresentaram valores mais altos.

O contrato firmado inclui o desenvolvimento do projeto executivo, fornecimento de equipamentos, execução das obras civis, montagem eletromecânica, comissionamento, início da operação e operação assistida da planta.

Detalhes da usina solar

Com capacidade instalada prevista de 15,6MWp, a nova usina será implantada entre os tanques de armazenamento de petróleo bruto e as esferas de gás da refinaria. A energia gerada será injetada em duas linhas de distribuição de 13,8kV da RNEST, conectando as subestações SE-9900 e SE-5500.

Outras licitações em andamento

Além do projeto em Pernambuco, a Petrobras também conduz outros dois processos licitatórios para implantação de usinas solares em seu parque de refino. Em São Paulo, a Refinaria de Paulínia (Replan) já recebeu propostas comerciais, sendo a menor delas apresentada pela CCM Construtora e Projetos, no valor de R$ 72,9 milhões.

Já para o Complexo Energético de Boaventura, no Rio de Janeiro, o prazo final para envio das propostas está marcado para 9 de julho. A meta da petroleira é instalar 55,5MW de capacidade solar fotovoltaica em suas unidades de refino, incluindo a planta Gabriel Passos (Regap), cuja licitação ainda não foi iniciada.

Armazenamento de energia enfrenta entraves no Brasil

Apesar dos avanços em geração renovável, o Brasil ainda enfrenta grandes obstáculos no desenvolvimento do armazenamento de energia. Enquanto o país desperdiça bilhões de reais em cortes obrigatórios de geração, o setor elétrico pressiona por ações urgentes. A expectativa por um leilão específico para reserva de capacidade com foco em baterias foi adiada para 2026.

“O que falta é coragem para destravar o mercado”, afirmou Marcio Takata, CEO da consultoria Greener, durante painel no sétimo Greener Summit. Segundo ele, o país tem histórico positivo de estímulo a novas tecnologias via leilões, como ocorreu com a energia eólica em 2009 e a solar em 2014, mas o mesmo ainda não se aplica às baterias.

Falta de regulação trava investimentos

A ausência de regulamentação tem gerado apreensão entre fabricantes, investidores e especialistas. A Consulta Pública nº 39 da ANEEL, que trata especificamente de armazenamento, completará dois anos em outubro sem avanços significativos. Já a Consulta Pública nº 7, do Ministério do Meio Ambiente, com diretrizes importantes para o setor, segue indefinida desde setembro de 2023.

Esse cenário de incerteza regulatória desestimula aportes no segmento e faz com que o Brasil fique atrás de países como Chile e Espanha, que já avançaram na implantação e adaptação da tecnologia de armazenamento de energia.